quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O valor da marca pessoal


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“Há uns dois anos, descobri que não era mais uma pessoa, mas uma marca”. Martha Stewart

Ouvimos muito falar que as marcas são como pessoas, de que é possível personificá-las, estudar seu comportamento, personalidade, tom de voz, entender seu propósito e até nos surpreender com suas reações inesperadas.

Mas será que, da mesma forma que marcas são como pessoas, podemos também dizer o contrário: Somos marcas?

Isso pode soar estranho para alguns, mas não apenas somos marcas como também deixamos um pouco dela em tudo o que fazemos. Se não, existe aí um problema.

Hoje, a internet é uma grande vitrine no ciberespaço, onde empresas e pessoas interagem expondo suas marcas e competindo por igual a atenção do público, principalmente nas redes sociais.

Martha Gabriel apresenta a realidade em que vivemos:

“Com a disseminação do uso de plataformas de redes sociais online, cada vez mais as pessoas compartilham suas informações pessoais e profissionais nesses ambientes. As empresas, por sua vez, têm adotado como prática cada vez mais frequente consultar os perfis dos candidatos como parte do processo seletivo de contratação — a entrevista de emprego começa nas mídias sociais. Monitorar colaboradores também tem se tornado tão comum por parte das empresas quanto monitorar o mercado e seu público-alvo.” 

Marshall Mcluhan, pensador canadense e teórico da comunicação, estava à frente de seu tempo e já afirmava que “Nosso tempo é um mundo novo em folha do tudo ao mesmo tempo agora. O tempo cessou, o espaço desapareceu. Vivemos agora em uma aldeia global”. 

E, nesta aldeia global a espontaneidade ao publicar fotos, vídeos e outras informações na internet faz com que, ao longo do tempo, um histórico de sua vida seja registrado, mostrando por onde você esteve e com quem, quais são seus amigos e familiares, o que você comeu hoje, ontem e do que está com vontade, qual o seu temperamento durante os dias e outras infinidades de coisas. Tudo depende do seu comportamento e posicionamento nas redes.

Assim sendo, não apenas precisamos nos atentar ao que publicamos como também podemos utilizar esta ferramenta estrategicamente para a nossa marca pessoal.

Uma marca pode descrever-se da maneira que quer ser vista, porém, este é apenas um detalhe na percepção que o público terá, pois sua imagem é percebida por meio de suas atitudes, por sua conduta. Tudo aquilo que você fala, curte, publica, compartilha, além dos locais onde sua marca pode ser encontrada, refletem nesta percepção e ainda podem contrariar a imagem que você planejava passar.

Agora, indo além do ambiente digital, é interessante fazermos esta reflexão acerca de nós como marcas, a marca pessoal, e se temos deixado “rastros” desta marca em tudo o que fazemos, mostrando nosso diferencial e exclusividade ou se estamos fazendo nosso trabalho como qualquer outro profissional, falando com as pessoas sem mostrar conteúdo e valores próprios, sem ter uma história pra contar e objetivos a alcançar.

Assim como existem marcas corporativas que vivem à sombra de grandes referências em busca de conseguir o mesmo sucesso, muitas pessoas também deixam de construir seu próprio universo de marca, seja por falta de encorajamento, seja por nunca terem pensado em si como marcas.

Acredito que toda marca pessoal é exclusiva e carrega um potencial para construir uma história única. Para isso, assim como todas as marcas, é preciso ter definido sua missão, visão, valores e propósito, expressando sua essência em tudo o que fizer.

“Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor.” Albert Einstein

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