terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dilma oferece ao Paraguai presidência do Mercosul para reintegrá-lo ao bloco

 
 
A presidente Dilma ofereceu, nesta segunda-feira (30/9) ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes, a presidência temporária do Mercosul a partir de dezembro como forma de o país retornar ao bloco antes do fim do ano. A proposta, apresentada durante a visita de Estado, tem como objetivo levar ao paraguaio um gesto político que possa apresentar ao seu país sem que seu retorno pareça um recuo político.  

O governo brasileiro tem se esforçado para apresentar um pacote palatável a Cartes. Em Paramaribo, na reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Dilma tomou para si a tarefa de reaproximar Venezuela e Paraguai e reunir Cartes e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Foi quando Maduro prometeu a indicação de um novo embaixador para Assunção o mais breve possível - outro gesto que agradou a Cartes. De acordo com um diplomata brasileiro com acesso às negociações, o gesto de Dilma, de negociar a aproximação, "pegou muito bem" entre os paraguaios.

"O Paraguai está em processo de volta ao Mercosul, tem o tempo deles, está no processo deles de retorno. O Brasil tem todo o interesse nessa volta e no fato de que a nossa relação bilateral, como vocês podem ver, nós mantivemos intacta", afirmou Dilma, após terminar o encontro com Cartes. Por sua vez, o paraguaio Cartes reafirmou o interesse nas relações com os vizinhos, especialmente o Brasil, mas não mencionou o Mercosul durante o encontro com Dilma. Mais tarde, no Senado, Cartes disse que pretende ver o Paraguai de volta ao bloco "o mais rápido possível".

A presidência do Mercosul foi definida na formação do bloco, há 22 anos. É rotativa, a cada seis meses, e em ordem alfabética: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai - e agora Venezuela. A única quebra ocorreu em 2012, com a suspensão do Paraguai, em razão do processo sumário, de 24 horas, que resultou no impeachment do presidente Fernando Lugo. No entender dos membros do bloco, a destituição feriu a Cláusula Democrática do Mercosul.

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