terça-feira, 9 de julho de 2013

Empreendedores brasileiros são bem recebidos na África do Sul


 
 
 
A África do Sul está de olho no Brasil. Ebrahim Patel, ministro sul-africano do Desenvolvimento Econômico, diz que o Brasil está em um estágio mais adiantado, por este motivo empresas brasileiras são bem-vindas a seu país para aproveitarem da grande capacidade de expansão de negócios regionais, principalmente a partir das suas principais metrópolis, como Johannesburg (foto), Pretoria, ao norte; e Capetown e Port Elizabeth, ao sul.
 Segundo Patel, a África do Sul tem estabilidade política, mas isto não garante economia forte; o desemprego no país bate em 25% da população economicamente ativa e é uma das maiores preocupações locais.
O ministro afirma que a criação de empregos está entre os pontos-chave para o desenvolvimento do país. 
"Quando a África do Sul se juntou aos Brics vimos isso como uma importante oportunidade para o desenvolvimento de mão de obra. Queremos, acima de tudo, complementar nossa infraestrutura social, de saúde e educação. E nisso nossos parceiros internacionais podem nos ajudar bastante." 

A África do Sul firma a base de sua economia sobre produção de minérios como cobre e manganês. A extração de diamantes, que já foi significativa, vem caindo. 

A infraestrutura deficiente é um dos calcanhares de Aquiles que impedem o crescimento. Para sediar a Copa do Mundo de futebol em 2010, foram feitas grandes obras. Além de estádios, linhas de trens como a Gautrain, hotéis e outras construções de grande porte.

"A Copa talvez tenha funcionado como um gatilho, mas ainda há muito a ser feito", diz Siyabonga Gama, diretor geral da Transnet, empresa governamental responsável pelo transporte de cargas, que emprega mais de 30 mil pessoas e transporta 201 mil toneladas de mercadorias por ano.

O governo tem grandes projetos que abrangem toda a África, como construir uma linha de trem que ligaria o sul ao norte do continente, indo da Cidade do Cabo até o Cairo, no Egito. E o projeto de uma usina no Congo, que aproveitaria o grande potencial hidrelétrico do rio de mesmo nome – a energia poderia ser fornecida para toda a região. 

Os sul-africanos hoje consomem energia gerada por usinas atômicas e carvão. 
Do Brasil, esperam cooperação para beneficiamento de minerais e energia verde. 
O ministro aposta principalmente na tecnologia para a produção de etanol. 

"Queremos que as empresas brasileiras se instalem na África do Sul, não apenas para fornecer ao nosso mercado, mas visando sua própria expansão mundial. Vamos crescer juntos", convida Patel, que lembra a localização da África do Sul como argumento para tornar seu país um bom lugar para empresas brasileiras montarem suas fábricas. 

"Nossa geografia é privilegiada. Temos fácil acesso às Américas, à Europa, Ásia e Oceania, estamos em uma ótima esquina do planeta. Além disso, nosso clima é ameno, temos invernos pouco rigorosos e povo acolhedor, quase tão simpático quanto os brasileiros."

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