quarta-feira, 24 de julho de 2013

Em junho, gasto de brasileiros no exterior é recorde; déficit de contas externas caiu



 




Apesar da alta do dólar, os gastos de brasileiros no exterior bateram recorde em junho deste ano; o déficit nas contas externas foi menor do que no mesmo mês de 2012, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta terça-feira (23/7).

 As despesas de viagens internacionais chegaram a US$ 1,928 bilhão, o maior resultado para meses de junho, na série histórica iniciada em 1969. No ano passado, em junho, os gastos no exterior ficaram em US$ 1,683 bilhão.

De janeiro a junho, essas despesas chegaram a US$ 12,328 bilhões, contra US$ 10,702 bilhões no primeiro semestre de 2012.

Já as receitas de estrangeiros no país ficaram em US$ 453 milhões, em junho, contra US$ 462 milhões em 2012. No primeiro semestre, essas receitas chegaram a US$ 3,479 bilhões contra US$ 3,471 bilhões no seis primeiros meses do ano passado.

Com esses resultados, o déficit na conta de viagens internacionais (despesas de brasileiros no exterior menos receitas de estrangeiros no Brasil) ficou em US$ 1,475 bilhão em junho e em US$ 8,849 bilhões no primeiro semestre.

O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo, ficou em US$ 3,953 bilhões, em junho; no mesmo mês do ano passado, o resultado negativo alcançou US$ 4,393 bilhões.

No primeiro semestre, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 43,478 bilhões, contra US$ 25,244 bilhões em igual período de 2012. 
O resultado no primeiro trimestre correspondeu a 3,82% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).

A balança comercial, que integra a conta de transações correntes, registrou déficit de US$ 3,092 bilhões, no primeiro semestre. A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) ficou negativa em US$ 22,158 bilhões, enquanto a de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 19,770 bilhões, nos seis meses do ano.

O ingresso líquido de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou em US$ 1,542 bilhão, no primeiro semestre.

Os dados do BC mostram que o investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 7,170 bilhões, em junho, e a US$ 30,027 bilhões, nos seis meses do ano. Nos seis meses do ano, esses investimentos não foram suficientes para cobrir completamente o saldo negativo em transações correntes.

Apesar de o investimento estrangeiro direto ser o mais adequado para financiar o déficit, porque é de longo prazo, o país tem outras formas de financiar o resultado negativo. Uma delas são os investimentos estrangeiros em ações negociadas no Brasil e no exterior que registraram ingresso líquido de US$ 6,278 bilhões, nos seis meses do ano . Também houve investimentos em títulos de renda fixa negociados no país, com ingresso líquido de US$ 11,038 bilhões.


Fonte: Agência Brasil


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